A fim de incentivar a doação de sangue de jovens a partir dos 16 anos, o projeto Doador do Futuro, da Fundação Hemocentro de Brasília, leva a centros de ensino público e particular informações sobre as etapas da doação de sangue, as condições básicas exigidas do doador, os motivos mais comuns de impedimento e até como os componentes do sangue são utilizados.
O Núcleo de Captação do Hemocentro já visitou 33 escolas desde o início deste ano. Na reunião com professores e coordenadores pedagógicos, também são discutidas formas de abordagem do tema da doação de sangue em sala de aula e apresentadas sugestões de dinâmicas entre os alunos.
Em março, o Hemocentro recebeu a campanha de doação do CED 03 de Sobradinho, organizada pelo professor de artes Ediney Felix, que há mais de 15 anos leva o projeto Doador do Futuro às escolas onde leciona. No centro de ensino em Sobradinho, já são quatro anos de campanhas – em março, quase 50 alunos da escola se candidataram à doação de sangue.
Para o professor, os resultados de uma campanha de doação de sangue vão muito além da sala de aula. “É nítido, nos olhos dos alunos, a empolgação de poder fazer algo positivo, junto com os amigos. Eles se preparam, dividem a ansiedade e mudam completamente depois dessa experiência”, destaca Ediney Felix.
Em 2017, menos de 1% dos doadores que compareceram ao Hemocentro de Brasília tinha entre 16 e 17 anos. “O projeto ajuda a estimular, sensibilizar e educar adolescentes sobre o comportamento solidário, responsável e cooperativo dos doadores de sangue”, frisa a chefe do Núcleo de Captação de Doadores, Ana Gabriela Fernandes.
Além das visitas em instituições de ensino, o Hemocentro ministrou duas turmas de formação voltadas para professores, no início de abril, e qualificou cerca de 50 educadores. No encontro, debateu-se como a doação de sangue se insere nos conteúdos escolares e como o tema contribui para conscientizar cidadãos de seu papel social como agente transformador.
O professor interessado em multiplicar o Doador do Futuro em sua instituição de ensino deve entrar em contato com o Núcleo de Captação para agendar as atividades que pretende realizar junto ao Hemocentro, como a doação em grupo, palestra ou Hemotour – uma visita guiada que percorre todo o ciclo do doador (do registro à coleta).
Todo professor deve ser treinado como multiplicador antes de trazer uma turma ao Hemocentro para doação de sangue. “Eles vão instruir os alunos sobre as condições básicas para doação, os principais impedimentos e os documentos necessários para quem é menor de idade. Assim, evitamos ter de dispensar esses jovens por falta de informação”, ressalta Ana Gabriela.
Para doar sangue, o menor de 18 anos precisa apresentar o formulário de autorização preenchido e assinado por ele e pelo responsável legal (pai, mãe ou guardião/tutor), além de uma cópia simples do documento de identidade com foto do responsável legal. É importante que a assinatura do responsável no formulário seja a mesma do documento de identificação. A cada doação, o menor tem de repetir o procedimento de autorização.
O treinamento de multiplicador leva cerca de duas horas. Eles podem organizar um grupo de alunos com no máximo 30 pessoas. O Hemocentro disponibiliza transporte mediante solicitação e agendamento. Outras informações no site www.hemocentro.df.gov.br ou no Núcleo de Captação.
Núcleo de Captação, Registro e Orientação de Doadores
3327-4413 ou 3327-4447
9-9136-2495 (Whatsapp)
hemocentro@fhb.df.gov.br
FHB
Setor Médico Hospitalar Norte, quadra 3, conjunto A, bloco 3. Asa Norte, Brasília-DF. CEP: 70.710-908.